O Trabalho - Parte 2 - A Irresponsável

Estou com alguns problemas no trabalho. A maioria das pessoas que eu vejo falando algo do tipo, sempre se refere às pessoas. Que os colegas fazem fofoca, que os colegas tentam passar a perna, que os colegas fazem encrenca. Eu acho que nunca tive nada do tipo. Não que fosse grave, ou que me tirasse o sono como agora. Eu sempre fui desleixada, e sempre disse isso como se fosse algo de que eu me orgulhasse. Mas pela primeira vez, vi o crédito que as pessoas colocavam em mim sumir, e isso me fez pensar se ser desleixada pode ser classificada como um defeito suportável. O lance é que deixei de fazer muitas coisas, não por maldade (ainda não cheguei nesse ponto). Mas simplesmente porque estava com preguiça, ou porque queria ler meu livro, ou porque não dava tempo. E agora, como era de se esperar, a coisa apareceu. Fico preocupada, porque agora tenho a viagem pra realizar e dependo do trabalho pra poder ir pelo menos o ano que vem. Mas infelizmente (ou felizmente) acho que eu não serei demitida. Digo infelizmente pois tenho um sério problema com o que os outros vão achar. E eu já me safei uma vez. E desde esta vez, eu prometi que ia melhorar. Não pros outros, mas pra mim mesma. Para eu ter certeza de que eu sou uma pessoa capaz. Mas como uma pessoa próxima me disse, infelizmente eu ainda colherei durante algum tempo os frutos do que eu fiz, ou deixei de fazer. Eu melhorei e não queria me decepcionar. Queria mais uma chance. Agora é torcer pra dar tudo certo.

=)

Felicidade?

Um dia desses eu fui questionada se as únicas coisas que eu postava no blog eram coisas ruins ou coisas que me chateavam. Parei pra pensar e vi que realmente era verdade. Aí me veio outro questionamento: "Será que eu não estava vivendo momentos felizes, ou eu não estava sabendo observar as pequenas coisas que me aconteciam?"
Ontem eu tive a resposta. A princípio eu não soube ver, mas depois (e uma pena que tenha percebido só depois) vi os pequenos sorrisos que me saltavam da boca. Vi que comer pão com patê de atum no café da manhã pode ser bem melhor que um baita café da manhã, principalmente quando se tem uma pessoa especial como a que eu tenho pra assistir pica pau. Vi que sair pra dar uma volta no quarteirão pode ser melhor que qualquer ida a algum restaurante chique, quando se tem um sol lindo pra admirar. Vi que fazer a unha enquanto a pessoa que você mais gosta conserta o aparelho Nextel com Super Bonder e fala asneiras que te fazem rir pode ser também uma coisa agradável. Vi que assistir o jogo do Palmeiras deitada no colchão da sala pode ser melhor que qualquer sessão de cinema, quando ele mais uma vez te faz rir de tudo. Vi que pedir pizza pra comer com a família pode ser melhor que um jantar romântico, quando você pode comer os três pedaços super gordurosos e ainda rir disso (e do bacon que eu tentei roubar da pizza dele). Mas eu não soube reconhecer isto a tempo. E por isso, apenas pedi desculpas. Desculpas por não ter percebido o quanto as coisas simples, podem ser bem melhores que as mais elaboradas. Mesmo assim, dormi feliz! E espero que os próximos dias dos namorados sejam iguais ou melhores que este. Ah, a bota linda que eu comprei também ajudou, vai!

*-*

Livros, tagarelagens e fome!

O fim do livro me deixou com uma sensação estranha... Sempre é ruim terminar um livro, sei lá, parece saudade. Mas ele me fez pensar em muitas coisas, chorar por mais algumas e perceber outras. As pessoas me olhando com cara feia por eu não estar comendo nada e ocupando uma mesa pra terminar de ler o meu livro não me incomodaram e eu fui até o fim. Quando eu terminei fiquei dando algumas voltas pelo shopping atrás do presente do Kell e descobri que o que eu queria dar não estava mais disponível. Estou pensando em optar por não dar nada pra ele esse ano, afinal chegamos a conclusão de que esta data é totalmente comercial. Na verdade, qualquer pessoa com o mínimo de cérebro sabe disso, mas decidimos não ligar. No ano passado foi assim, mas eu não me controlei e tive uma idéia ótima pra presente e entreguei sem esperar nada em troca... Mentira, eu fiquei um pouco desapontada quando eu descobri que ele não tinha pensado em nada. Mas hoje eu acho que estou diferente. Quero dizer, não ligaria se ele não me comprasse nada e também não ligaria se a gente não fizesse nada no dia, além é claro, de algumas coisinhas gostosas embaixo do cobertor. Mas rodando pelo shopping eu senti a sensação de que faltava alguma coisa, e nesses momentos eu sempre me pergunto: "Quem eu gostaria que estivesse comigo agora?". Aí descobri que era ele que eu queria, mas ele estava com o amigo e eu não queria tirar ele de lá, só porque eu estava sentindo vontade de estar com ele. Era egoísmo. Aí decidi só ouvir a voz dele, mas não sabia o que dizer, então só disse o óbvio: Que só queria ouvir a voz dele. Ele me disse o óbvio: Tá bom! Na volta eu encontrei uma velha amiga e ela me perguntou como eu estava. Falei mais que todo mundo junto naquele ônibus. Falei sobre as minhas decisões, sobre a viagem, sobre o fato de não poder gastar mais e sobre a minha linda bota (que na verdade, ainda não é totalmente minha até eu poder comprar). Reclamamos dos nossos empregos (o dela pior que o meu, tadinha).Também falei sobre o meu relacionamento complicado dos últimos dias e que apesar disso, iríamos completar dois anos em breve. No fim, ela se despediu e fiquei com vontade de falar mais. Fui pra casa e descobri que minha mãe não tinha feito comida novamente, e eu vou ter que fazer, se estiver com fome. Agora me arrependi de não ter comido nada fora. E agora vendo a novela, fico imaginado se a Norma, casando com o Teodoro, mesmo que só pra conseguir um golpe, tem que transar com ele. Ele é tão velho. Não imagino uma cena dessas, eca! Vou aproveitar a dor nas costas agora pra ir dormir mais cedo e ver se amanhã eu acordo sem sono. Como eu sei que isso não vai acontecer, vou aproveitar e ligar pro Renan e pra Débora e pedir pra eles levarem comida pra mim amanhã, pois já vi que não vai ter marmita.

Chopp, Sono e Sexo!

Ai cacete. As coisas nunca acontecem como a gente imagina. Pra mim era só um encontro entre amigos para poder beber um pouco. E no fim se transformou em mais uma discussão que eu não queria. De imediato, quando eu soube que seria um barzinho, sabia que ia ter problemas com ele. Mas no fim da noite quando eu pedi para ele me esperar no ponto de ônibus só para eu não ir sozinha e tive uma resposta negativa eu fiquei triste. Não com raiva, mas triste apenas! Por mais que eu soubesse das circunstâncias eu esperava que ele entendesse, ou que me desse uma bronca por não ter avisado antes. E quando eu cheguei na casa dele com uma cara de bêbada/sono, pensei que tudo estaria acabado. Não tivemos uma conversa que possa ser avaliada como saudável. Ele estava magoado e eu não conseguia entender porque. Mesmo assim, eu pedi desculpas. E comecei a cochilar e falar coisas sem sentido. Ele deve ter achado que eu estava tirando uma com a cara dele. As frases saíam meio confusas, tipo: "Eu sei que você não entende, minha filha é linda!"

...

Como assim??????

Em seguida eu me envergonhava e pedia desculpas.

Mas a conversa, desde o início demonstrava que não ia ser boa.
Não lembro de muita coisa que foi dita, afinal meu estado não era dos melhores. Mesmo assim eu tinha em mente que eu não queria mais brigar. Minha vontade era de dizer: "Vamos parar de brigar, meu amor! Isso nem é tão importante vai!"
Mas por motivos desconhecidos e que nem eu mesma entendo, uma discussão meio sonolenta continuou.
E meu orgulho não deixou que eu recebesse uma massagem que eu ouvi meio sonolenta oferecida por ele.
Ele foi insistente e apesar de todos os "nãos" e as desculpas de que eu estava cansada ele levou o negócio como uma questão de honra e claro, conseguiu o que queria! Acordei e tudo já estava acontecendo! No fim das contas tive o sexo mais gostoso enquanto eu dormia.

Foi sensacional!

Mas ainda não sei como andam os ânimos. Não sei se o sexo resolveu tudo e toda a briga pode ser esquecida! Queria mostrar pra todo mundo que ainda vale a pena e que eu ainda posso ser feliz do lado dele.
Não queria que tudo terminasse assim, afinal o bumbum dele tava tão lindinho hoje. Todo redondinho!
Queria ter a chance de poder apertar tudo aquilo de novo.

=)

Ele

E como falar de todos os problemas, sem citar a pessoa que os causam. O Kell é uma pessoa bem amigável. Na verdade todos a minha volta sempre simpatizaram mais com ele que comigo. É um molecão, uma criança. Eu sempre admirei essa qualidade nele. Não sei ao certo como todos os problemas acontecem se nem eu nem ele nos levamos totalmente a sério. A gente ri um do outro, zomba com a cara um do outro e no fim das contas briga. Mas nem sempre foi assim, como eu disse no post anterior, antes era muito bom... Não tínhamos noção do quanto a gente era feliz, sabe. Ele é muito bonito. Às vezes eu olho pra ele e uma sensação de orgulho me bate. As pessoas ao meu redor também acham isso, e talvez por isso eu me sinta só um pouquinho. Ele é moreno, alto e fortinho. Não gordo, fortinho como os caras sarados, mas sem ter peitos. Sempre achei o beijo dele a coisa mais espetacular que existe. No sexo, acho que a gente já foi mais feliz. Nada como a empolgação do começo pra tornar tudo mais gostoso. Mas isso não é culpa dele. Muito pelo contrário, ele é bom no que faz. Mas acho que nós dois deixamos a coisa meio desinteressante. Ele é teimoso, assim como eu. E isso ferra com tudo. Mimado demais pela mãe. Tem um cheirinho mais que gostoso. Muito desconfiado de tudo. Eu gosto do jeito como ele se apaixona pelas coisas. Já o vi fazendo de tudo um pouco e isso me dá mais orgulho ainda.
Rezo todos os dias pra gente poder voltar a ser como antes e eu me sentir mais apaixonada do que eu já sou por ele.

Perdida!

O fim de semana não foi muito bom. Cheio de brigas com a pessoa que eu mais odeio brigar. É horrível iniciar a semana sem saber o que fazer ou como agir. Morrer de vontade de ligar e ter o orgulho barrando o que a gente tanto quer. Afinal, tem certas coisas que a gente não pode e não deve aceitar. O nosso relacionamento anda tão problemático. Isso pode ser culpa minha, ou dele. Essa coisa toda de relacionamento é muito complicada. Já escutei de todo mundo que as coisas são mesmo assim, que não existe perfeição e blablablá!. Mas se um dia isso existiu, onde foi parar? Quando eu digo onde foi parar, eu me refiro aos momentos bons. Aos risos por bobeira, aos beijos apaixonados que duravam horas, aos elogios espontâneos, enfim... Não entra na minha cabeça como isso pode existir antes e agora tudo desapareceu. As brigas tomaram conta dos dias, dos momentos que eram pra serem felizes. Fico pensando se vale a pena passar por tudo isso, quando não se sabe se isso vai passar ou se no final de tudo, cada um vai para um lado e acabamos magoados um com o outro. Sei lá... Só queria o começo de novo.

O Trabalho - Parte 1 - A Lucélia

O meu trabalho, assim como o da maioria, não é legal. Eu não me sinto bem trabalhando. EU NÃO TENHO INCENTIVO! Ufa, é bem melhor aqui que no caderno. As pessoas não simpatizam lá muito comigo e eu não sou das mais queridas. A Lucélia, minha supervisora, é uma quarentona separada que deixou de acreditar nos homens, principalmente pelo fato de ela ter sido trocada por uma mulher com a metade da idade dela. Isso faz com que ela ria de qualquer demonstração de amor e afirme com toda certeza que TODO HOMEM TRAI. Acho que isso fez dela uma pessoa meio carente sei lá, mas ao mesmo tempo fria. Um dos fatos de eu não me dar muito bem com ela, é que, assim como todo mundo daqui, ela também não me dá crédito algum. Daí eu fico parecendo alguém que SEMPRE precisa de conselhos e NUNCA sabe o que faz. Um fato que pesa bastante é ela ter feito psicologia e achar que esta tem explicação para tudo. Conviver com isto não é tão fácil assim e aturar broncas baseadas nisso me fazem querer picar os seus cabelos longos e castanhos com a tesoura da minha mesa, até ela ver que com o cabelo assim, ela dificilmente não seria traída novamente.